Frederico Tchimbenje, enfermeiro intensivista e estudante de Medicina na Universidade Privada de Angola, foi convidado pela ANDO para participar e apresentar no 3.º Congresso ANDO o seu estudo de mapeamento do conhecimento sobre displasias ósseas em Luanda. Após esta oportunidade, Frederico organizou o 1.º Encontro de displasias ósseas em Angola, dia 7 de setembro de 2025, no Hospital do Zango, Luanda (Angola). Veja o álbum de fotografias do envento no fim desta notícia.
Recebemos estas notas sobre o encontro, escritas pelo Frederico, a quem agradecemos o empenho e dedicação na organização deste 1.º Encontro:
"O Encontro ficou marcado por momentos de forte emoção e reflexão. O evento começou com o testemunho do jovem Júlio e da sua mãe que partilharam com os presentes as dificuldades enfrentadas no acesso a cuidados de saúde especializados e a realidade da exclusão social. O relato deixou a sala em silêncio, sublinhando a urgência do tema."
Frederico Tchimbenje, destacou que são precisamente experiências como esta, aliadas às questões clínicas, que motivaram a realização do seu estudo e deste evento.
"O primeiro painel contou com a intervenção da Dra. Indira Capupue, pediatra que abordou os aspetos gerais das displasias ósseas, incluindo genética, diagnóstico molecular e acompanhamento clínico. Na sequência, o Dr. Elizeu Ekundi apresentou os desafios clínicos e as complicações multissistémicas, com a Dra. Idalina a complementar a discussão. A elevada interação do público e o número de questões levantadas reforçaram a importância do tema e a necessidade de promover mais encontros dedicados às displasias ósseas no país.
O último painel teve a participação muito aguardada da ANDO Portugal, representada pela sua presidente, Inês Alves. A presença da ANDO trouxe prestígio internacional e reforçou a relevância da cooperação entre Angola e Portugal nesta área."
O evento encerrou num ambiente de partilha e confraternização, com o apoio da empresa Feedback Positivo, que proporcionou um momento de degustação aos convidados. Ficou patente a esperança de que Angola se venha a tornar um país que reconheça, valorize e apoie as pessoas com displasias ósseas e as suas famílias.
"Com vista a dar continuidade ao trabalho iniciado e a criar uma rede de apoio e investigação no país, tal como divulgado no título do evento, a intenção é construir um espaço de Encontro, Partilha e Esperança, onde pessoas com displasias ósseas possam integrar-se e participar ativamente. Novos encontros e ações de sensibilização estão previstos para os próximos meses."