Gráficos de Crescimento

Um importante guia para a saúde em crianças com acondroplasia foi publicado em 2005 no American Academy of Pediatrics Journal. O documento completo (pode ser lido aqui) recomenda aos pediatras como melhor aconselhar os pais, como prevenir complicações e, mais importante, como monitorizar a sua saúde, enquanto crescem .

Desde o nascimento até à idade adulta, vários parâmetros são monitorizados nas crianças, como os reflexos e a taxa de crescimento. Esta é acompanhada através do registo da altura numa curva de crescimento (ou percentil). Ao comparar a altura de uma criança com a de outras com acondroplasia, é possível avaliar se o crescimento ocorre à taxa esperada e qual o impacto de eventuais tratamentos promotores do crescimento. Caso os valores se situem fora das curvas, pode haver uma complicação ou condição subjacente .

O guia referido foi criado em 1978, e sabe-se que o crescimento da população geral continua a mudar ao longo do tempo. Isso é evidenciado pela atualização das curvas de crescimento padrão — como ocorreu nos EUA em 2000, com base nos padrões da Organização Mundial da Saúde . Além disso, há variações nos parâmetros médios da população (altura, peso e circunferência da cabeça) entre países. Por isso, novas curvas de crescimento específicas para a acondroplasia foram recentemente desenvolvidas para diferentes populações: americana (Fig. 1), argentina (Fig. 2) e australiana (Fig. 3) .

 

Gráficos de crescimento para rapazes e raparigas:

Gráficos Raparigas:
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Calculadora de Crescimento

Use este botão para aceder à calculadora, onde pode inserir dados de crescimento e visualizá-los em comparação com uma população de referência.

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Evolução do desenvolvimento motor em acondroplasia
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Fig.1. Uma ferramenta de controlo da evolução do desenvolvimento motor em acondroplasia, criada por Ireland et al. É presentemente a melhor opção para esse feito. Fonte: Ireland PJ, et al. Development in children with achondroplasia: a prospective clinical cohort study. Dev Med Child Neurol. 2012 Jun;54(6):532-7.

Curvas de Percentil Altura
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Fig. 2. Comparação da altura média em função da idade entre as curvas de crescimento originais (Horton et al, 1978, a pontilhado) e as curvas de crescimento recentes (área a cinzento e linha vermelha) dos 0 aos 16 anos de idade, na população americana. Créditos: Hoover-Fong, et al.

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Fig.3. Curva de crescimento de altura comparando rapazes (em cima) e raparigas (em baixo) e altura média (pontilhado) com rapazes e raparigas com acondroplasia (linhas contínuas), dos 0 aos 18 anos na população Argentina. Créditos: del Pino et al.

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Fig.4. Curvas de crescimento em altura para rapazes (topo) e raparigas (baixo) com acondroplasia na população Australiana. Créditos: Tofts et al.

Os dados para a taxa de crescimento linear (curvas de percentil altura) têm grande relevância na identificação de condições subjacentes e no aumento do conhecimento da evolução natural da acondroplasia. Estes dados permitem facilitar o desenvolvimento de novos medicamentos, uma vez que este processo assenta frequentemente nas variações de crescimento linear como principal resultado do efeito dos fármacos, o que requer curvas de crescimento precisas para efeitos de comparação .

Curvas de Percentil Peso
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Fig.5. Esquerda: curvas de percentil peso para rapazes (cima) e raparigas (baixo) com acondroplasia e idade dos 0-36 meses; direita: curvas percentil peso para crianças e adolescentes com idades entre os 2 e os 16 anos. Todos os gráficos são relativos à população americana. Créditos: Hoover-Fong, et al.

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Fig.6. Curvas de percentil peso de rapazes (cima) e raparigas (baixo) com acondroplasia na população argentina, dos 0 aos 17 anos. Créditos: del Pino, et al.

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Fig.7. Curvas percentil peso para rapazes (cima) e raparigas (baixo) com acondroplasia, baseadas na população australiana dos 0 aos 18 anos. Creditos: Tofts et al.

Curvas de Índice de Massa Corporal
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Fig.8. Curvas percentil IMC para rapazes (A) e raparigas (B) com idades entre os 0 e os 16 anos (linhas sólidas) sobrepostas com curvas percentil para a altura média da OMS, dos 0 aos 2 anos, e dos 2 aos 16 anos para o CDC (pontilhados). Créditos: Hoover-Fong, et al.

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Fig.9. Curvas de percentil IMC para rapazes e raparigas com acondroplasia na população australiana dos 0 aos 18 anos. Creditos: Tofts et al.

Curvas de Perímetro Cefálico
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Fig.10. Curvas percentil do perímetro cefálico para rapazes (esquerda) e raparigas (direita) com acondroplasia (média ± 2.8 desvio padrão), comparadas com as curvas percentil da população média (a cinzento) dos 0 aos 20 anos e dos 0 aos 24 meses. Créditos: Trotter, T.L. and J.G. Hall.

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Fig.11. Curvas percentil de perímetro cefálico em rapazes (esquerda) e raparigas (direita) com acondroplasia, dos 0 aos 6 anos. Creditos: del Pino et al.

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Fig. 12. Curvas percentil de perímetro cefálico em rapazes (esquerda) e raparigas (direita) com acondroplasia na população australiana dos 0 aos 18 anos. Créditos: Tofts et al.

Curvas do Diâmetro do Foramen Magnum
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Fig. 13. Curvas percentil do diâmetro do foramen magnum nos planos transversal (a) e sagital (b) em crianças com acondroplasia (curvas inferiores) e crianças de altura média (curvas superiores), dos 0 aos 216 meses. As curvas não se sobrepõem. Créditos: Hecht, et al.

Referências

1. Trotter, T.L. and J.G. Hall, Health Supervision for Children With Achondroplasia. Pediatrics, 2005. 116(3): p. 771-783.

2. Hoover-Fong, J., et al., A height-for-age growth reference for children with achondroplasia: Expanded applications and comparison with original reference data. American Journal of Medical Genetics Part A, 2017. 173(5): p. 1226-1230.

3. del Pino, M., V. Fano, and H. Lejarraga, Growth references for height, weight, and head circumference for Argentine children with achondroplasia. Eur J Pediatr, 2011. 170(4): p. 453-9.

4. Tofts, L., et al., Growth charts for Australian children with achondroplasia. Am J Med Genet A, 2017. 173(8): p. 2189-2200.

5. Schonbeck, Y., et al., The world/'s tallest nation has stopped growing taller: the height of Dutch children from 1955 to 2009. Pediatr Res, 2013. 73(3): p. 371-377.

6. CDC. Clinical Growth Charts. Growth Charts 2009 .

7. Horton, W.A., J.G. Hall, and J.T. Hecht, Achondroplasia. The Lancet, 2007. 370(9582): p. 162-172.

8. Hoover-Fong, J.E., et al., Age-appropriate body mass index in children with achondroplasia: interpretation in relation to indexes of height. Am J Clin Nutr, 2008. 88(2): p. 364-71.

9. Poirier, P., et al., Obesity and cardiovascular disease: pathophysiology, evaluation, and effect of weight loss: an update of the 1997 American Heart Association Scientific Statement on Obesity and Heart Disease from the Obesity Committee of the Council on Nutrition American Heart Association Scientific Statement on Obesity and Heart Disease from the Obesity Committee of the Council on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism. Circulation, 2006. 113(6): p. 898-918.

10. Hoover-Fong, J.E., et al., Weight for age charts for children with achondroplasia. American Journal of Medical Genetics Part A, 2007. 143A(19): p. 2227-2235.

11. Ireland, P.J., et al., Optimal management of complications associated with achondroplasia. The Application of Clinical Genetics, 2014. 7: p. 117-125.

12. Hecht, J.T., et al., Growth of the foramen magnum in achondroplasia. Am J Med Genet, 1989. 32(4): p. 528-35.

 

Outras fontes:

https://www.achondroplasia-growthcharts.com/


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