A Bolsa ANDO 2023 Pelos Alunos Pedro Cohen Monteiro e Catarina Carvalho

Foi fantástico ter o privilégio de receber a Bolsa ANDO 2023! Pude viver quase duas semanas num contexto diferente daquele a que estou habituado, num país com um sistema de saúde diferente e com uma população distinta. Ao longo deste período, aprendi sobre várias patologias que me eram totalmente desconhecidas e sobre a forma como as mesmas afetam a vida dos respetivos doentes, sempre com uma abordagem holística e multidisciplinar às suas necessidades. A abordagem a um doente com uma doença rara é feita olhando para o doente como um todo e atendendo, não só às necessidades clínicas, como às dificuldades que irá enfrentar durante a vida.

Por esta razão, o trabalho conjunto entre diferentes centros hospitalares, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, entre outros, permite dar ao doente a melhor qualidade de vida possível. Esta visão ajudou-me também a mim a desenvolver um espírito de equipa e solidariedade fundamentais, e a perceber que o médico é uma peça num puzzle que é bem maior do que ele próprio.

Poder aliar tudo isto à calorosa forma com que fomos recebidos na Noruega e ainda ter a possibilidade de visitar a bonita cidade de Oslo, fizeram destas semanas uma experiência inesquecível! Muito obrigado por tudo!

Pedro Cohen Monteiro

Nestas duas semanas de estágio fomos acolhidos pela equipa do centro TRS e, guiados pela Dra Lena Lande Wekre, tivemos a possibilidade de contactar com diferentes especialidades, nomeadamente, Endocrinologia, Ortopedia e Medicina da Reabilitação, bem como múltiplas condições ósseas, entre elas a Osteogénese Imperfeita, Acondroplasia e Fibrodisplasia. Seguimos uma abordagem multidisciplinar e pudemos constatar como os diferentes profissionais de saúde articulavam a sua experiência e conhecimento com vista ao objetivo comum de auxiliar os doentes, através da investigação e partilha de informação.

O estágio estava muito bem organizado e todos os dias pudemos ver coisas diferentes, desde o laboratório de robótica ao de espasticidade, assistindo a cirurgias de ortopedia pediátrica e até visitar a casa adaptada de um casal com diferentes condições ósseas.

Foi uma experiência muito positiva e estou muito grata por esta oportunidade, todos fizeram com que nos sentíssemos em casa e tive a possibilidade de questionar e aprender muito sobre áreas com que ainda não tinha tido muito contacto, sem descurar a componente de lazer e de crescimento pessoal.

Catarina Carvalho